Clubinho de Áudio e Vídeo

Estamos pensando, eu e meus amigos Antonio Carlos e Demóstenes, iniciarmos um clube em Marília para apreciadores de Áudio e Vídeo de boa qualidade, sejam trilhas sonoras de filmes ou shows e também de concertos.

Nós já temos um bom acervo de músicas, shows e filmes que gostaríamos de compartilhar com outros amantes destas artes.

Sempre será um grupo pequeno e muito seleto. Pessoas que "curtem" os mesmos valores artísticos e culturais, e que se enlevam e se emocionam com belas músicas e letras.

Nem todas as pessoas sabem apreciar a plenitude de uma boa música. É preciso estar bem relaxado e tranquilo para perceber todas as nuances de uma obra musical, praticamente sentir o que o artista compositor se propôs a externar em forma de melodias.

Há melodias que elevam o espirito e o corpo poderá atingir o estado alfa. Há melodias que transmitem paz e tranquilidade, outras alegria e entusiasmo, algumas levam a introspecção e a meditação.

Existem composições que transmitem angústia e desespêro, outras desconforto e inquietudes. Isto é fantástico e torna o ouvir em uma outra arte " a de saber ouvir".

Considero a música a mais divina das artes pelo fato de ter o poder de alterar nosso estado de espírito.

Uma boa gravação deverá ter o áudio em perfeito equilibrio tonal (balanceamento correto das frequências, do mais agudo ao mais grave) e permitirá ao ouvinte muitas horas de deleite musical sem cansaço auditivo. Quando não se suporta ouvir um CD ou outra mída depois de alguns minutos, significa com certeza que esta gravação não está com equilibrio tonal ou o equipamento não está balanceado ou ambos.
Em geral as gravações comerciais não são audiófilas, ou seja durante a fase de mixagem elas sofrem o que se chama compressão, que destroi todo o efeito estéreo e achata os sons. É raro se encontrar gravações de qualidade. Conhecço algumas gravadoras que se esmeram para obter o som mais perto possível do original: TELARC, CHANDOS, CHESKY, Deutsche Grammophon e
algumas gravações da Sony.

Tecnicamente é importante conhecer-se os sons dos instrumentos, pelo menos dos ditos da música ocidental, que também são muitos e de diferentes timbres dentro das diversas famílias de instrumentos musicais. Ouvindo um estéreo com apuro é possível localizar fisicamente a posição de um instrumento ou voz(es) na banda ou na orquestra possibilitando ao ouvinte "ver" onde o o som está sendo executado.

O que diferencia o som de um instrumento de outro, quando executam a mesma nota musical é o timbre (identidade do instrumento) uma nota musical tem a frequência principal (fundamental) que a identifica e as harmônicas que constituirão o timbre deste instrumento, dois violinos tem timbres semelhantes mas, não idênticos, porque é praticamente é impossivel se encontrar dois instrumentos com sonoridade 100% idêntica , os parâmetros que alteram as harmônicas são muito numerosos. As condições climáticas, a acústica da sala de audição, o número de pessoas e os móveis de uma sala também alteram a sonoridade dos instrumentos
É importante saber identificar os sons de uma orquestra para poder usufluir ao máximo a obra executada.

Em geral os instrumentos executam papéis em uma obra, existem diálogos e até "polêmicas entre eles" quando tocando uma peça musical.

Para que se possa ter uma boa referência sobre o que foi dito é importante assistir sempre que puder, música ao vivo , seja ela de bandas orquestras ou concertos de um ou mais instrumentos de pequenos grupos musicais, assim você poderá avaliar o equilíbrio tonal e o posicionamento do instrumento no espaço (palco sonoro). Dê preferência a shows e concertos somente acústicos, sem auxilio de amplificadores.

As pessoas que se aperfeiçoam na arte de ouvir músicas gravadas são denominadas como "audiófilos".

Logicamente que a qualidade sonora vai depender muito do equipamento de som utilizado bem como da qualidade técnica e artística da gravação.

Nestes equipamentos são dispensáveis os incontáveis controles e luzinhas coloridas que nada acrescentam ao som em si, aliás, poderão até introduzir ruídos na música.
Se a gravação for boa não será necessário ajustar nenhum controle de tonalidade, porque é impossível consertar uma gravação mal feita. Quando se aciona um controle de tonalidade (graves, médios ou agudos) você altera toda a música e não só o som de um determinado instrumento.

O único controle indispensável é o de volume, porque as gravações variam muito de volume de CD para CD e também o nível de ruido no local da audição varia com o tempo; a noite pode-se ouvir com menos volume que durante o dia.

Os mais ricos podem comprar equipamentos maravilhosos por preços absurdos.
Para cada 1 % de melhoria na qualidade do som o preço sobe 100%.

Nós da classe média podemos ter um conjunto de valor médio e desfrutarmos sons de qualidade muito boa, apenas tomando alguns cuidados no posicionamento das caixas acústicas na sala e em relação ao ouvinte. Pretendemos nos aprimorar neste quesito.